Livre no tempo

Tempo que se vai
Tem que passou
Tempo que ficou


O tempo juntou
Sem mais tempo
Ele também separou

saudações ultra-violetas e vibrações pouco-consistentes

simbolizando tudo o que lhe é chão
sendo uma voluptuosa maneira de vencer a vida
arrastando aquilo que soa como bom amoroso agradável
arrasando premeditações alheias ao seu estilo

gosta de tudo bem
permite uma greve
sucumbi sua prosa
renasce em poesia

digas agora ou se quiser não ouses dizer
ultraje seu próprio silêncio em prol sua honra
ou se quiser meu amor...
vomite em mim todo este cálice azedo que envolve seu doce coração

Trilhas

Não lamente por uma trilha não viajada,
Não chore por ter que percorrê-la sozinho,
Pois entre cada flor ceifada no caminho
Haverá sempre um espinho,
É o tipo de dor que vale a pena enfrentar.

Deixe seu coração quebrantado descansar
Nunca deixe aquele espinho te abater...
Porque o amor que acabou de se perder
Não valia o que tinha a oferecer
E logo perceberá que a dor se esvairá.

Não lamente por uma trilha não percorrida
Não chore por uma paisagem não contemplada,
Talvez sua perseverança seja inacabada,
E se precisar de alguém em sua vida,
Ao seu lado estará quem menos esperar .

25 vezes

Talvez ao teu lado eu tenha percebido

Que não só como vovó dizia

O seguro morreu de velho

Mas farto de dias

Não canso em ter que conquistar-te

           Uma vez

                       Dez

                             25 vezes

Dizer que te amo é tão fácil

Um pouco mais difícil é gesticular este sentimento

Sacudir a cabeleira contornando belos cachos

Desenhar a costeleta ou impor-se como macho

Isso já não é o suficiente pra você para nós

Faz-se necessário que esta tal intenção venha acompanhada ao gesto

Balbuciar o mel ao ouvido

Tocar lisamente

Também já não é o suficiente

Hoje tenho que agir

Desenhar usando como instrumento

O caráter que não tenho

O espírito que empunha tentáculos

E tento dominar para não morrer

E fazer você meu amor

A mulher mais feliz que possa ser

A menina

Era uma menina muito isolada
Não tinha amigos, não tinha nada

Ninguém gostava da menina, não
Porque a menina aparentava solidão

Ninguém queria dela se aproximar
Porque achavam que não iria se encaixar

Ninguém ousava chegar perto dela
Porque suas vidas baseavam-se em novelas

Mas não imaginavam o segredo que guardava:
O julgamento de tolos não lhe importava.

Os Livros são Veredas

       Os livros são veredas

        Para qualquer mundo,

         Qualquer devaneio

        Alguns são feitos de

    Erros, Estrela, Fogo, Amor,

Morte, Crime, Maravilhas, Areia e claro etc.

  Mas todos são recheados de palavras,

       Que norteiam o caminho

    E encenam os grandes espetáculos

             Para uma plateia,

      Que claro, és tu amigo leitor.

ação

entram dentro do estabelecimento dando a voz  

sacam daquele trabuco

pânico terror gritaria

olhos fechados corpo se deita mãos cruzadas na nuca

todos quietos agora

mansidão paz harmonia