domingo, 28 de novembro de 2010

O que você quer?

A folha com os desejos voa pelo meio da sala
Enquanto ela diz que você é patético
As lágrimas escorrem pela face enquanto fala
Para mim já não há nada
As vozes saem do tom
Mas você a ignora por não ter tempo
Não quer saber dos anseios, vontades
Ou o que se passa na vida dela
Por trás do quadro rasgado pela dor
Permeia o sentimento vazio
E a sala permite que ele se espalhe
Ela não vai conseguir
Busca por ar, sai, corre
Você simplesmente não se move
Eu estou aqui vendo toda a cena
O momento faz parte da minha vida
As lágrimas passaram por minha pele
Até a boca que só sabia dizer
E afirmar o que estava cansado de saber
E você perguntou o que eu queria
O que ela quer?
Imagina-se, suponhe-se que por trás dos dois
Não há nada, não tem nada
Eu não vou conseguir
Preciso correr, partir pois nunca houve
Nem haverá mais do que solidão
Nem menos do que eu sozinha
Basta para ser feliz, para ter meu porto seguro
Afinal não há eu e você, nem haverá
As possibilidades se foram depois do primeiro sonho
Apesar do pensamento estar em você
Ele se esvai com os antigos anseios que faziam parte de mim.

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

ECOS

É embaraçoso,
Totalmente embaraçoso,
Embaraçosamente,

Como está sempre à espera,
Então fazemos novamente.

É tão fácil se render,
Fácil de entender
Quando nos olhamos intensamente

Esquecemos os problemas
E fazemos de novo.

Novamente.

Meu nome diga,
Diga o meu nome,
Me chame carinhosamente,

É ridículo nos evitar,
Pois faremos novamente.

É ridiculamente perfeito,
Perfeito e ridículo,
Ridículo perfeitamente,

Te quero, mas te odeio
Te odeio e te quero desesperadamente... ops!

De novo. De novo. De novo. De novo.
De novo. De novo. De novo. De novo.
De novo. De novo. De novo. De novo.

Novamente.

Isso me afeta,
Te afeta,
Nos afeta diretamente:

Não adianta tentar
Esquecer completamente.

Por mais que queira
Ou queiramos
Apagar da mente,

No fundo sabemos
Que acontecerá...

De novo.

Novamente.

Repetidamente.


domingo, 21 de novembro de 2010

MÃOS DE TRABALHO

Sempre atenciosa,com toques suaves
Assim a renda vai surgindo.
Mãos privilegiadas,manchadas pelo sol
Tomadas pela experiência de uma vida sofrida.
Com vontade essas mãos calejadas de unhas curtas
Com jeito de doméstica , digna de trabalhadeira
Humilde ,mas com rica criatividade de artesã
Sustenta uma família ,sem preguiça de ganhar o pão
Sem perder a vaidade e a graça de mulher .

ALAN DE JESUS DIAS

Qual a resposta?

Mais uma noite longa que não consegui dormir.
Desejando-lhe por inteira, mas sem saber para onde ir.
Se o mais próximo de você que consigo chegar é quando sonho,
Me intriga abrir os olhos e encarar meu semblante tristonho.

Já pensei no sono eterno mergulhar,
Mas tenho medo desses meus sonhos você não mais compartilhar.
E sem ter como pegar o caminho de volta,
Passar a eternidade em meio a dor, solidão, revolta.

A sombra da morte ainda balança meu interior,
Ser um poeta é o que me mantém superior.
Pois é fácil escrever belas palavras, mas impossível falar de amor.
Mesmo quando por dentro ele desabroche como a mais bela flor.

Muito me admira de você eu ainda gostar,
Até porque em meus relatos, da tristeza volto a lembrar.
Já que ainda permaneço vivo, como retratar o amor?
Teria ele sua imagem? O mesmo cheiro, a mesma cor?

Ou o Amor é fruto apenas da minha imaginação?
Porque quando te vejo saiu dessa realidade, vou para outra dimensão.
Amor, Amor, o que isso realmente significa?
É capaz até de fazer um homem pensar em tirar a própria vida.

Mais uma vez sem uma resposta vou ficar.
Me resta apenas fechar os olhos e voltar a sonhar.
Talvez essa noite possa encontrar a solução,
E de Amor não mais sofrer, deixar falar apenas o meu pobre coração.

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Planos

A intensidade do ritmo antes do momento está me consumindo.

A viagem

Caminho pelas ruas em noites de frio
Estou quente e me sinto feliz
As risadas incontidas em meu rosto
Por uma frase que alguém diz

Não entendeu muito o que ouviu
O cabelo, as mãos, o nariz
A fumaça passa perto dos olhos marotos
Os lábios chamam quem nunca a quis

Quero manter o gosto etílico na minha boca
Se você estiver junto pode ser pior
O pescoço, a pele, o beijo, a vontade oca

As risadas voltam por uma frase louca
E a sensação é bem melhor
Mas para ela a noite deve ter sido pouca

terça-feira, 16 de novembro de 2010

Quero...

Cada vez que tento
Encontrar as palavras certas para dizer
Me fogem como folhas ao vento
Sempre que algo me lembra você

À flor da pele invade um sentimento
E não sei como descrever...

Cada vez que penso
Em palavras para meu carinho expressar
Sinto que se esvai o meu bom senso
Pois sua imagem vem me iluminar

Meus ombros permanecem tensos
Por não saber o que é amar...

Mas cada vez que te encontro
Um suor ansioso escorre entre meus dedos
Minha alegria nunca escondo
Por que você afasta todos os meus medos,

E por preencher todo o meu ser
Mais que nunca deve saber:

Que alto quero voar,
E o que sinto quero decifrar
Nas nuvens quero descansar
E ao seu lado quero sempre estar;

Ao acordar...
Sentir que sonhando estamos,
Pois o verdadeiro sentido de amar
Finalmente encontramos!

Quero esquecer o passado
E tudo o que me encheu de ilusão,
Quero unicamente estar ao teu lado
E num beijo entregar-te meu coração.

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Onde estará a língua portuguesa?

ONde estará a língua portuguesa?
No clássico literário,na fala do operário
Ou de repente pode está no repente
Procuro uma lima com rima
Para afiar a minha língua
Procuro a língua BRASILEIRA
ÊTA LÍNGUA COMPLICADA E COMPRIDA
ENCONTREI NO OXENTE DO BAIANO
E na guria do sul,no uai do mineiro
Nossa língua é nordeste ao sul
Lindo linguajar correto sotaques e dialetos
Mas seria hilário procurar no tal do dicionário
os seus significados
Existem palavras que só ouvimos em uma certa região
Outras já são como o JOÃO
Por isso ando mediativo e minha cobiça
Pela culminância da língua portuguesa é indizível