quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Lembrança

Pensei em você na noite fria,
Onde sonhos e realidade se confundiram.
Chorei quando os olhos cerrados se abriram,
E notaram que a felicidade não existia.

Ainda atordoado pelo sonho que tocou minha cama,
Voltei a olhar as fotos antigas.
Que o tempo não perdoa e a dor mastiga,
Já amareladas pelas lagrimas de quem ama.

Caminhei pelas ruas e avenidas, palco de antigos amores,
Muito está modificado, mas o importante permanece.
E ao me sentar sob a árvore que no outono entristece,
Senti a alegria da primavera e do perfume de algumas flores.

Repetidas vezes clamei o seu nome em vão,
Como plumas que foram varridas pelo vento.
Insisto sentir o gosto do seu beijo,
E maltrato constantemente meu coração.

Amar é algo incompreendido,
Não existe razão para o Amor.
Doença, praga, privilégio, dádiva seja o que for,
Tão forte, e tão intenso que não pode ser esquecido.

Por toda eternidade...

Quando se dá uma pequena chance

Do piso
Passando pelos paços
Indo até suas intermitências

Quando parou pra pensar
E após ter percebido que já não valia a pena
Fixou-se na beleza inebriante das noites sólidas

Noites que permanecem vivas
Começam e quando terminam...
Começam de novo e de novo e novamente
E mais uma vez na razão falha de quem lembra

Lembranças breves de uma noite eterna

terça-feira, 18 de outubro de 2011

Dor


Dói esconder como me faz sentir,
Dói me imaginar contigo e depois me iludir,
Dói saber que nunca me desejou e nunca me quis,
Dói pensar que sempre me fez muito feliz,
Dói perceber que com outros olhos jamais me viu,
Dói acreditar que comigo não sente o que já sentiu,
Dói ouvir como um coração partido soa,
Dói enxergar que se interessa por outra pessoa,
Dói deixar toda a chance escapar - se extinguir,
Dói entender que seu amor por mim não vai existir,
E em meu peito a esperança se destrói.
Não só estilhaça, corrói.
Desintegra meus sonhos... e dói.

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Entenda

Outra vez volto a pedir que escute com atenção,
E não siga por caminhos que já foram percorridos.
Abra os olhos, sinta a emoção,
Do amor de um amante, do amor de um amigo.

Não faça comigo o que detestou um dia,
Não seja cruel, maltratando o que me fortalece.
Saiba que hoje o que o seu coração repudia.
É dentro de mim, algo que nem com o tempo padece.

E se está difícil de você acreditar no meu Amor,
Lembre-se de quantas vezes gritei ao mundo o que sinto.
Mas se insistir que não é o bastante para sanar sua dor,
Ao olhar no fundo do seu coração, terás a certeza que não finjo.

Mas você minha pequena flor ainda não se convenceu.
Fantasmas do passado assombram nossa realidade.
Façamos então um novo mundo, agora você e eu.
Com cores, flores, em busca da felicidade.

domingo, 16 de outubro de 2011

Riscados


Arrisco riscar o inútil papel

Riscados como roscas soberbas

Grafite devorada pelas palavras

Palavras devoradas pelo inútil papel

Antes estava nu, encabulado

Agora tatuado, reluz uma ideia

Alguns rabiscos vingaram, outros espanaram

Alguns restam (dúvida)

Tornou-se útil.

Sem ao menos completar o alfabeto

Mas não fique confuso

Leia releia ou apague

Ou então risque com a tinta grafite

Finda a minha ideia, neste papel riscado...

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Distante

Se eu revelar
As palavras certas e não puder me entender,
Se eu chorar
Dizendo que não quero mais a dor esconder,
Se eu gritar
Por tudo aquilo que um dia me fez sofrer,
Se eu silenciar
Quando o mais importante eu deveria dizer...

Ao invés de me aconselhar,
Peço que sozinha me deixe,
E se distante eu permanecer

É por que jamais enxergará
O que um amor como o meu
Seria capaz de fazer por você.

sábado, 1 de outubro de 2011

O ECO

O EcO é OcO

Vai EcoaR, aqui acolá

Mas não Ecoa

Na cuca

Oca