quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

o trago de uma alma sem esperança

tudo tem se passado de um modo meio estranho
repetida alma de encantos efêmeros
os minutos e as horas tomaram proporções eternas
sonho furtivo de vicios sórdidos da morte
acalanto que não existe e a esperança impludida
suga toda a vida estóica de quem ainda não viveu
sentiu o aroma da vida mas não teve coragem de se apossar
deu ao outro que a cuspiu rindo de uma maneira macabra
olhos fundos em um corpo esguiu
cérebro fundido no esquecimento
mãos que tocaram o inferno
sexo que penetrou orificios vulgares
e uma boca que tragou os céus

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