segunda-feira, 7 de março de 2011

Enquanto chove em SP

As nuvens choram em São Paulo

Carros velozes passam devagar

Engravatados desvairados

Milhões de raios explodem

Ecos do caos

Cidade alagada de cara fechada

Metrô infernal, povo carcomido

E eu aqui dentro do ônibus

Sufocado, atrasado de encontro marcado

Na avenida alagada sacos de lixo navegam

Em prol a nossa imundície

A ‘’TV’’ toca o show, audiência da demência

Rota da violência

Tempestade suburbana, humanos e ratazanas

Pragas urbanas ilhadas

Rostos molhados pelas celestes lágrimas

Vidas se vão morro abaixo

A correnteza pluvial quebra o elo

Separa o corpo da alma

E a chuva em São Paulo não para.

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