As nuvens choram em São Paulo
Carros velozes passam devagar
Engravatados desvairados
Milhões de raios explodem
Ecos do caos
Cidade alagada de cara fechada
Metrô infernal, povo carcomido
E eu aqui dentro do ônibus
Sufocado, atrasado de encontro marcado
Na avenida alagada sacos de lixo navegam
Em prol a nossa imundície
A ‘’TV’’ toca o show, audiência da demência
Rota da violência
Tempestade suburbana, humanos e ratazanas
Pragas urbanas ilhadas
Rostos molhados pelas celestes lágrimas
Vidas se vão morro abaixo
A correnteza pluvial quebra o elo
Separa o corpo da alma
E a chuva em São Paulo não para.
Nenhum comentário:
Postar um comentário